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PRORROGAÇÃO DE SUBMISSÃO DE ARTIGOS PARA DOSSIÊ 2025.1
Publicado em 30/10/2024 às 9:08PRORROGAÇÃO
Chamada para o Vol. 14, n. 26, jan/jun, 2025.
Período: até 01/12
Submissões: https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/naui/index
Organização:
Luísa Duran Rocca (UFRGS)
João Paulo Schwerz (UFSC)
Vladimir Fernando Stello (Arquiteto ETec Laguna/IPHAN-SC)
Resumo da Proposta:
Prezados Leitores,
Desde seu lançamento o Cadernos NAUI tem por objetivo “compartilhar pesquisas e reflexões sobre antropologia urbana, patrimônio cultural e memória, a partir de uma visão integrada do fenômeno social e das relações de diversos atores sociais” (NAUI, 2012). Desde então a publicação eletrônica tem avançado na discussão e divulgação, numa ótica transdisciplinar, de conhecimentos produzidos principalmente pela Antropologia Urbana, a Arquitetura e o Urbanismo, a História, a Arqueologia, a Museologia, etc., mas sem dispensar quaisquer contribuições das outras áreas que vêm demonstrando interesse crescente no tema, como a Comunicação, o Direito, a Agricultura e a Ecologia, assim como outras tantas, tão diversas quanto importantes para a constituição de como entendemos patrimônio cultural atualmente.
A partir de finais do século XX os estudos sobre patrimônio cultural têm se diversificado, principalmente em vista de uma crescente ampliação do conceito, com novas perspectivas sobre o patrimônio material, seja ele entendido como elemento isolado, espaços urbanos ou paisagens, assim como as novas formas de disputas por memórias e identidades, onde desponta o protagonismo do patrimônio imaterial. Nesse contexto, as pesquisas que envolvem o patrimônio cultural se apresentam a partir de uma extensa gama de temas relacionados que abrangem diversas áreas do conhecimento e de esfera prática, que acabam por influenciar de forma relevante a atuação na área da preservação, assim como balizando políticas públicas afins ao redor do mundo.
Ao mesmo tempo, as profundas transformações sociais e culturais ocorridas no último século colocaram também novas e significativas ameaças sobre tudo que passamos a considerar patrimônio e que:
[…] atingem gravemente os saberes tradicionais, identidades e bem-viver dos detentores, os bens culturais materiais e naturais, seus entornos, ambiência e áreas de influência, ocasionando uma intensa, imprevisível e irreversível degradação, alteração ou destruição das paisagens. Por outro lado, as repercussões desses processos vão além dos componentes dos bens, chegando a modificar intensamente a saúde dos ecossistemas e dos povos que habitam esses lugares. Neste cenário, nosso olhar se volta às questões patrimoniais como instrumento de agência em temas que envolvem a saúde, o bem-estar, a segurança alimentar, e no que concerne às dimensões da sustentabilidade e o uso do solo e da água e a permanência das populações nas regiões afetadas, incluindo seus laços culturais (COMITÊ CIENTÍFICO SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E PATRIMÔNIO – ICOMOS/BRASIL, 2022).
Torna-se imprescindível entender tais transformações e suas relações com o patrimônio cultural, seus possíveis e necessários papéis neste contexto, como recurso sustentável e como parâmetro na busca para mitigar alterações climáticas, como paradigma de saberes e fazeres, como reconhecimento da importância da diversidade étnica e ambiental, para valorização de novos olhares sobre a dignidade e direitos humanos na construção de uma sociedade mais equilibrada, enfim.
O Dossiê proposto tem como objetivo essencial contemplar temas emergentes relacionados ao patrimônio cultural, buscando contribuir com os debates vinculados, por exemplo, ao desenvolvimento sustentável, à conflitos bélicos, mudanças climáticas, direitos humanos e diversidade de gênero, patrimônio e habitação, patrimônio e segurança alimentar, entre outros tantos que poderiam ser citados. Por outro lado, também são bem-vindos trabalhos centrados em temas mais tradicionais acompanhados de perspectivas atualizadas.
Para tanto, convidamos e incentivamos estudantes, pesquisadores e profissionais das mais diversas áreas a apresentar artigos e relatar experiências práticas relacionados à preservação do patrimônio cultural em suas mais diversas interfaces, sobretudo aquelas que se conectam diretamente com as realidades Latino-americanas.
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Evento NAUI 20 anos
Publicado em 24/10/2024 às 10:20Acesse a PROGRAMAÇÃO
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Conferência: “El lugar de la reciprocidad en la Antropología y la Antropología Económica”
Publicado em 15/10/2024 às 15:08Para participar en modalidad virtual inscribirse en este formulario: ttps://forms.gle/TupjxjUv7J2JVkXJ7
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CHAMADA ABERTA – Dossiê 2025.1 “Patrimônio Cultural: Interfaces e Temas Emergentes”
Publicado em 29/08/2024 às 15:24Chamada para o Vol. 14, n. 26, jan/jun, 2025.
Período: 31/agosto até 31/outubro de 2024
Submissões: https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/naui/index
Organização:
Luísa Duran Rocca (UFRGS)
João Paulo Schwerz (UFSC)
Vladimir Fernando Stello (Arquiteto ETec Laguna/IPHAN-SC)
Resumo da Proposta:
Prezados Leitores,
Desde seu lançamento o Cadernos NAUI tem por objetivo “compartilhar pesquisas e reflexões sobre antropologia urbana, patrimônio cultural e memória, a partir de uma visão integrada do fenômeno social e das relações de diversos atores sociais” (NAUI, 2012). Desde então a publicação eletrônica tem avançado na discussão e divulgação, numa ótica transdisciplinar, de conhecimentos produzidos principalmente pela Antropologia Urbana, a Arquitetura e o Urbanismo, a História, a Arqueologia, a Museologia, etc., mas sem dispensar quaisquer contribuições das outras áreas que vêm demonstrando interesse crescente no tema, como a Comunicação, o Direito, a Agricultura e a Ecologia, assim como outras tantas, tão diversas quanto importantes para a constituição de como entendemos patrimônio cultural atualmente.
A partir de finais do século XX os estudos sobre patrimônio cultural têm se diversificado, principalmente em vista de uma crescente ampliação do conceito, com novas perspectivas sobre o patrimônio material, seja ele entendido como elemento isolado, espaços urbanos ou paisagens, assim como as novas formas de disputas por memórias e identidades, onde desponta o protagonismo do patrimônio imaterial. Nesse contexto, as pesquisas que envolvem o patrimônio cultural se apresentam a partir de uma extensa gama de temas relacionados que abrangem diversas áreas do conhecimento e de esfera prática, que acabam por influenciar de forma relevante a atuação na área da preservação, assim como balizando políticas públicas afins ao redor do mundo.
Ao mesmo tempo, as profundas transformações sociais e culturais ocorridas no último século colocaram também novas e significativas ameaças sobre tudo que passamos a considerar patrimônio e que:
[…] atingem gravemente os saberes tradicionais, identidades e bem-viver dos detentores, os bens culturais materiais e naturais, seus entornos, ambiência e áreas de influência, ocasionando uma intensa, imprevisível e irreversível degradação, alteração ou destruição das paisagens. Por outro lado, as repercussões desses processos vão além dos componentes dos bens, chegando a modificar intensamente a saúde dos ecossistemas e dos povos que habitam esses lugares. Neste cenário, nosso olhar se volta às questões patrimoniais como instrumento de agência em temas que envolvem a saúde, o bem-estar, a segurança alimentar, e no que concerne às dimensões da sustentabilidade e o uso do solo e da água e a permanência das populações nas regiões afetadas, incluindo seus laços culturais (COMITÊ CIENTÍFICO SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS E PATRIMÔNIO – ICOMOS/BRASIL, 2022).
Torna-se imprescindível entender tais transformações e suas relações com o patrimônio cultural, seus possíveis e necessários papéis neste contexto, como recurso sustentável e como parâmetro na busca para mitigar alterações climáticas, como paradigma de saberes e fazeres, como reconhecimento da importância da diversidade étnica e ambiental, para valorização de novos olhares sobre a dignidade e direitos humanos na construção de uma sociedade mais equilibrada, enfim.
O Dossiê proposto tem como objetivo essencial contemplar temas emergentes relacionados ao patrimônio cultural, buscando contribuir com os debates vinculados, por exemplo, ao desenvolvimento sustentável, à conflitos bélicos, mudanças climáticas, direitos humanos e diversidade de gênero, patrimônio e habitação, patrimônio e segurança alimentar, entre outros tantos que poderiam ser citados. Por outro lado, também são bem-vindos trabalhos centrados em temas mais tradicionais acompanhados de perspectivas atualizadas.
Para tanto, convidamos e incentivamos estudantes, pesquisadores e profissionais das mais diversas áreas a apresentar artigos e relatar experiências práticas relacionados à preservação do patrimônio cultural em suas mais diversas interfaces, sobretudo aquelas que se conectam diretamente com as realidades Latino-americanas.
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Nova edição Cadernos NAUI (Vol. 13, n. 24, jan-jun, 2024) em novo site
Publicado em 01/08/2024 às 14:27A nova edição da Revista Eletrônica Cadernos NAUI está disponível em nosso site para visualização e download do conteúdo.
Ah, os Cadernos NAUI está de cara nova! Junto com essa edição estamos lançando o nosso novo site. As submissões passaram a ser realizadas por lá, aproveita essa nova edição e confere as novidades.
Neste número, apresentamos o dossiê temático “Atores da Reciclagem e Dinâmicas Urbanas”, organizado por Pablo Schamber, Dagoberto Bordin e Simone Lira da Silva.
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🌉 Roda de Conversa sobre a Preservação do Entorno da Ponte Hercílio Luz 🌉
Publicado em 25/07/2024 às 11:32O GT de Patrimônio do IAB/SC convida todos a participar de uma Roda de Conversa sobre os desafios e estratégias para a preservação do entorno da Ponte Hercílio Luz em Florianópolis, SC.
🗓️ Data: 24 de julho
⏰ Hora: 19h30
📍 Plataforma: Google MeetTeremos a honra de contar com a presença especial da Dra. Lia Motta, coordenadora do Centro Lúcio Costa, que é uma referência nacional na temática de entorno de bens tombados. Juntam-se a ela importantes agentes da preservação do patrimônio urbano de Florianópolis, como:
• Afrânio Boppré (Vereador de Florianópolis/SC)
• Dr. Evandro Fiorin (Professor do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC)
• Lino Peres (Ex-vereador, professor e presidente do Instituto Cidade e Território)A conversa será mediada por Lilian Fabre, coordenadora do GT de Patrimônio.
📌 Link para participar: https://meet.google.com/dys-eota-nuz
Esperamos você!
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Participação dos pesquisadores NAUI/UFSC na 34ª RBA – Reunião Brasileira de Antropologia
Publicado em 22/07/2024 às 17:40Caetano Sordi (Naui/UFSC) e Guilherme Moura Fagundes (USP), Coord.(s) GT11 – Antropologia da Técnica.
Caetano Sordi (Naui/UFSC). Palestrante da Mesa Redonda 26 – Ecologias do Plantationceno. “Barras indomáveis e cetáceos ressurgentes: geontologias do capitalismo fóssil e ecologias ferais no litoral sul do Brasil”.
Diego Pontes e Alicia N. G. de Castells (Naui/UFSC). GT 054: Etnografia da e na cidade: o viver no contexto urbano em suas formas sensíveis. “O Reviver Centro e algumas anunciações sobre o espaço urbano contemporâneo do Rio de Janeiro/RJ”.
Patrícia Martins (Naui/UFSC). Palestrante em Simpósio Especial 21 – Patrimônios culturais em países de língua portuguesa: decolonialidade e reparação no contexto contemporâneo. “Meu encontro com Jacira”: performances afrodiaspóricas e seus percursos contracolonias
Luciano von der Goltz Vianna (Naui/UFSC) Gt 024: Antropologia e Turismo: transversalidades, conflitos e mudanças. “O “lazer liberta”: os paradoxos do turismo e suas relações com a Antropologia nos Engenhos de Farinha em Santa Catarina – Brasil”.
Simone Lira da Silva (Naui/UFSC). (UNILA) e Viviane Kraieski de Assunção (UNESC) Coord.(s) Gt 17 Antropologia dos Resíduos.
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Congresso CIAI 2024
Publicado em 29/05/2024 às 20:13A Arquiteta e Urbanista Lilian Louise Fabre Santos, pesquisadora do NAUI está participando do “XXVIII Congresso Internacional de antropologia de ibero-américa: patrimônio, cultura e identidade” no município de Salto Veloso/SC. Este congresso está sendo um momento importante de discussões sobre a temática no inteiro do estado, especialmente no território do Contestado.
A pesquisadora apresentou no dia 27/05 reflexões da sua pesquisa de tese em andamento sobre a identidade cabocla naa frestas da paisagem urbana do planalto serrano catarinense. Além disso, participou de uma roda de conversa com a presença do arquiteto Marcelo Ferraz, do escritório Brasil Arquitetura que elaborou projetos de intervenção em terreiros como a Casa de òsùmàré em Salvador e a Casa do Samba de Roda do Recôncavo Baiano.
Algumas conferências do congresso poderão ser conferidas no link:CONGRESSO CIAI 2024 – SALTO VELOSO Dia 3, parte 1 (youtube.com)
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Defesa de Tese de Doutorado PósARQ/UFSC
Publicado em 29/05/2024 às 20:06Defesa Tese de Doutorado PósARQ/UFSC
DIEGO PONTES
“(RE)INVENÇÕES SOBRE A CIDADE: TRANSFORMAÇÕES, PRÁTICAS E USOS PELO COTIDIANO DA LAPA/RJ”
Banca online: Alicia N. G. de Castells, PósArq. / UFSC (Orientadora). Rodrigo Gonçalves dos Santos, PósArq/UFSC (Examinador Interno) Soraya Nór, PósArq/UFSC (Examinadora Interna) Vladimir Fernando Stello, (Examinador Externo) IPHAN/UNISUL
Quarta Feira 29 de maio de 2024 14.30h -
PRORROGAÇÃO Chamada para Dossiê “Saberes Tradicionais e Paradigma Biocientífico: Alianças e Fricções”
Publicado em 26/04/2024 às 9:522024.2 | n. 25
ATÉ 31 DE MAIO
Dossiê Temático “Saberes Tradicionais e Paradigma Biocientífico: Alianças e Fricções”
Diretrizes para autorias: https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/naui/about/submissions#authorGuidelines
Site da Revista: https://ojs.sites.ufsc.br/index.php/naui/index
Organizadores: Caetano Sordi (UFSC); Luciano Florit (FURB)
Este dossiê tem como objetivo explorar as relações entre modos de vida tradicionais, práticas e conhecimentos biocientíficos. Partimos da constatação de que os recentes avanços no reconhecimento e garantia dos direitos de povos e comunidades tradicionais no Brasil e na América Latina têm sido parcialmente eficazes em coibir o que alguns autores têm chamado de “injustiça epistêmica”. Isto é, observa-se a persistência de formas sistemáticas de desvalorização e desqualificação dos conhecimentos de grupos sociais minoritários e historicamente subalternizados. Especialmente no caso dos reconhecimentos patrimoniais, questionamos se a gramática da cultura, quando aplicada a saberes e práticas tradicionais, tem logrado garantir os direitos epistêmicos de seus detentores, sobretudo em campos da vida social hegemonizados pelo paradigma naturalista ocidental, como a saúde pública, a vigilância sanitária e a gestão do meio ambiente. Por outro lado, entendemos que alianças e diálogos bem-sucedidos entre conhecimentos tradicionais e biocientíficos tem produzido inúmeros benefícios mútuos, bem como alargado o horizonte de possibilidades e respostas aos desafios socioambientais e civilizacionais em curso. Neste sentido, convidamos pesquisadoras/es a submeterem contribuições que discutam a interação entre saberes tradicionais e paradigma biocientífico em três dimensões:
(1) medicinas tradicionais, práticas de cuidado e cura e poder biomédico: como exemplo, esta dimensão inclui trabalhos sobre conflitos e/ou trocas de saberes envolvendo raizeiros, benzedeiras, parteiras, xamãs, etc. e o sistema oficial de saúde; experiências de reconhecimento, inventário, registro, patrimonialização e garantia de direitos intelectuais relativas às práticas tradicionais de cura e farmacopeias tradicionais; atravessamentos de classe, raça e gênero na interação entre sistemas tradicionais de saúde e sociedade envolvente; explorações turísticas e econômicas de saberes médicos tradicionais e controle comunitário;
(2) biossegurança e patrimônio agroalimentar: como exemplo, esta dimensão inclui trabalhos sobre modos tradicionais de produção e consumo de alimentos, normatizações sanitárias, conflitos e colaborações; experiências de reconhecimento, inventário, registro e patrimonialização dos saberes agroalimentares e os desafios para sua salvaguarda; estratégias comunitárias de preservação de sementes crioulas e sua validação, apoio ou tensão com órgãos técnicos-científicos; o impacto de selos, certificações, indicações geográficas e outras estratégias de valorização de alimentos tradicionais e regionais; “microbiopolítica” e “culturas pós-pasteurianas” na produção de queijos, fermentados e outros alimentos vivos; patrimônio, soberania e segurança alimentares;
(3) povos tradicionais, patrimônio e justiça socioambiental: como exemplo, esta dimensão inclui trabalhos sobre conflitos e formas de coexistência entre unidades de conservação e povos tradicionais; experiências de reconhecimento, inventário, registro e patrimonialização de sistemas agrícolas tradicionais, etnoecologia e seu diálogo com as biociências; etnoconservação (ou semelhantes) e seu diálogo e tensão com as concepções naturalistas ocidentais de conservação; racismo ambiental, vulnerabilidade e resiliência de povos e comunidades tradicionais no Antropoceno; mudanças climáticas e colaborações entre ciências naturais e saberes tradicionais.
Convocatoria en español
Dossier Temático “Saberes Tradicionales y Paradigma Biocientífico: alianzas y fricciones”
Este dossier tiene como objetivo explorar las relaciones entre modos de vida tradicionales, prácticas y conocimientos biocientíficos. Partimos de la constatación de que los recientes avances en el reconocimiento y garantía de los derechos de pueblos y comunidades tradicionales en Brasil y América Latina han sido parcialmente eficaces en cohibir lo que algunos autores han llamado “injusticia epistémica”. Es decir, se observa la persistencia de formas sistemáticas de desvalorización y descalificación de los conocimientos de grupos sociales minoritarios e históricamente subalternizados. Especialmente en el caso de los reconocimientos patrimoniales, cuestionamos si la gramática de la cultura, cuando se aplica a saberes y prácticas tradicionales, ha logrado garantizar los derechos epistémicos de sus poseedores, especialmente en campos de la vida social hegemonizados por el paradigma naturalista occidental, como la salud pública, la vigilancia sanitaria y la gestión del medio ambiente. Por otro lado, entendemos que las alianzas y diálogos exitosos entre conocimientos tradicionales y biocientíficos han producido numerosos beneficios mutuos, así como han ampliado el horizonte de posibilidades y respuestas a los desafíos socioambientales y civilizacional en curso. En este sentido, invitamos investigadores/as a presentar contribuciones que discutan la interacción entre saberes tradicionales y el paradigma biocientífico en tres dimensiones:
(1) medicinas tradicionales, prácticas de cuidado y curación y poder biomédico: como ejemplo, esta dimensión incluye trabajos sobre conflictos y/o intercambios de saberes que involucran a raiceros, curanderos, parteras, chamanes, etc., y el sistema oficial de salud; experiencias de reconocimiento, inventario, registro, patrimonialización y garantía de derechos intelectuales relacionados con las prácticas tradicionales de curación y farmacopeas tradicionales; cruces de clase, raza y género en la interacción entre sistemas tradicionales de salud y la sociedad envolvente; exploraciones turísticas y económicas de saberes médicos tradicionales y control comunitario;
(2) bioseguridad y patrimonio agroalimentario: como ejemplo, esta dimensión incluye trabajos sobre modos tradicionales de producción y consumo de alimentos, normativas sanitarias, conflictos y colaboraciones; experiencias de reconocimiento, inventario, registro y patrimonialización de los saberes agroalimentarios y los desafíos para su salvaguarda; estrategias comunitarias de preservación de semillas criollas y su validación, apoyo o tensión con organismos técnicos-científicos; el impacto de sellos, certificaciones, indicaciones geográficas y otras estrategias de valorización de alimentos tradicionales y regionales; “microbiopolítica” y “culturas pospasteurianas” en la producción de quesos, fermentados y otros alimentos vivos; patrimonio, soberanía y seguridad alimentaria;
(3) pueblos tradicionales, patrimonio y justicia socioambiental: como ejemplo, esta dimensión incluye trabajos sobre conflictos y formas de coexistencia entre unidades de conservación y pueblos tradicionales; experiencias de reconocimiento, inventario, registro y patrimonialización de sistemas agrícolas tradicionales, etnoecología y su diálogo con las biociencias; etnoconservación (o similares) y su diálogo y tensión con las concepciones naturalistas occidentales de conservación; racismo ambiental, vulnerabilidad y resiliencia de pueblos y comunidades tradicionales en el Antropoceno; cambios climáticos y colaboraciones entre ciencias naturales y saberes tradicionales.