Cadernos NAUI > Edições anteriores > Vol. 6, n˚ 10, jan-jun 2017

ISSN 2358-2448

 

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Editora Chefe
Alicia Norma González de CastellsComissão Editorial
Caetano de Freitas Medeiros
Camila Sissa Antunes
Christiane Heloísa Kalb
Cleidi Albuquerque
Dagoberto José Bordin
Fabrício Rocha da Silva
Moema Cristina Parode
Natália PerezDiagramação e formatação
Barbara Mendes Lima
Moema Cristina ParodeCapa
Moema  Parode

Foto de Capa
Ana Cristina Rodrigues Guimarães

Ficha Técnica

Cadernos NAUI – Revista Eletrônica de trabalhos
acadêmicos do Núcleo de Dinâmicas Urbanas e
Patrimônio Cultural (NAUI) do Programa de
Pós-Graduação em Antropologia Social
(PPGAS) do Departamento de Antropologia vinculado
ao Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Universidade Federal de Santa Catarina
Trindade – Florianópolis/SC CEP 88010-970

Contato: cadernosnaui@gmail.com


Apresentação

Este número da revista eletrônica Cadernos Naui conta com cinco artigos que trazem reflexões sobre paisagens urbanas, etnografia na cidade, moradia, ocupações e patrimônios culturais não hegemônicos. Nesta edição, apresentamos, também, uma entrevista com a historiadora Helena Alpini, realizada por Moema Parode e Nauíra Zanin, que aborda a trajetória dela na educação e, mais especificamente, seu envolvimento com as escolas indígenas.

“Encontros urbanos” é um ensaio de imagens realizado por Ana Cristina R. Guimarães que retrata o cotidiano de Florianópolis em diferentes ocasiões. São imagens do que aconteceu na cidade ao longo dos 17 anos em que a autora vive na capital catarinense e cuja unidade é dada por comporem, juntas, a experiência pessoal de uma flâneuse.

O artigo “Pisando em ovos: segurança e inseguranças em uma etnografia urbana”, de Fábio Leite de Carvalho, tem o formato literário de um conto e parte de uma etnografia no centro de Florianópolis. O texto envolve questões como segurança e violência: Uma conversa de estudantes entreouvida no ônibus. Uma caminhada pelo centro de Florianópolis. Uma abordagem policial – eventos aleatórios do cotidiano do narrador ilustram formulações próprias da antropologia urbana.

Dois textos contemplam abordagens sobre moradia: o artigo de Rodrigo Vargas Souza, intitulado “Questão de moradia: ocupações como uma experiência autogestionária”, identifica aspectos de política habitacional no Brasil e autonomia por parte dos movimentos de sem-teto e suas ocupações, em especial em São Paulo e Porto Alegre. O autor se detém naquelas ocupações realizadas pelos squatters, movimento que nasceu nos anos 60, na Europa, e que consiste na ocupação, sem consentimento ou autorização, de prédios ou apartamentos abandonados.

O artigo “Um novo olhar sobre uma habitação social implantada em um dos bairros mais periféricos de Joinville”, de Gabriella R. Radoll e Guilherme Rocha, traz considerações sobre um condomínio do Minha Casa Minha Vida, as relações de identidade e de vizinhança entre os seus moradores, famílias de baixa renda oriundas dos mais diversos contextos, e entre eles e estes espaços construídos, casas idênticas umas às outras localizadas na margem de umas das cidades mais ricas de Santa Catarina.

Especialista em paisagismo, Marianne Medeiros Gomes, com “O protagonismo das paredes na paisagem urbana”, trata da apropriação da cidade a partir dos grafitos, do muralismo e dos jardins verticais, um ensaio baseado na teoria da apreensão da paisagem urbana apresentada pelo filósofo Nelson Brissac Peixoto: os muros para o autor representam separação e segurança, as cidades cada vez mais sitiadas por causa da questão da segurança.

Finalmente, em “Breves notas sobre patrimônio(s): As camisas e os cartazes nas instalações artísticas de Jonathas de Andrade”, Alberto Luiz de Andrade Neto nos revela suas reflexões sobre políticas patrimoniais de grupos minoritários, por intermédio de trabalhos artísticos, identidades e patrimônios dentro dos museus. Sua inquietação parte de de uma instalação em que são expostas – valorizadas e consagradas – 120 camisas de trabalhadores como frentistas, vendedores, pedreiros, e mecânicos que carregam o suor dos envolvidos e também vestígios de graxa, cimento, tinta e outros resíduos.

Desejamos a todos uma leitura enriquecedora.

Os Editores.


Caminhos que se tecem: entrevista com Helena Alpini Rosa 
Moema Parode – UFSC; Nauíra Zanin – UFSC/UFFS

Encontros Urbanos 
Ana Cristina Rodrigues Guimarães

Pisando em ovos: segurança e inseguranças em uma etnografia urbana
Fábio Leite de Carvalho

Questão de moradia: ocupações como uma experiência autogestionária
Rodrigo Vargas Souza – UFSC

Um novo olhar sobre uma habitação social implantada em um dos bairros mais periféricos de Joinville
Guilherme Rocha – CATÓLICA SC; Gabriella R. Radoll  – USP/CATÓLICA SC

O protagonismo das paredes na paisagem urbana
 Marianne Medeiros Gomes

Breves notas sobre patrimônio(s): As camisas e os cartazes nas instalações artísticas de Jonathas de Andrade
 Alberto Luiz de Andrade Neto – UFSC